Imagem de um carro e duas pessoas dando as mãos como sinal de um acordo
Ultima atualização: 16 de março de 2023

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Quem tem carro sabe dos riscos a que está exposto. Além dos muitas vezes inevitáveis acidentes de trânsito, há possibilidade de roubo e furto do veículo, por exemplo. Para proteger esse bem, há o seguro de carro.

As coberturas variam bastante de acordo com o produto escolhido. Também há uma série de serviços extras que podem ser adicionados ao contrato. Tudo isso tem impacto no preço, é claro.

Entenda abaixo as principais características do seguro de carro, as opções disponíveis e os critérios que devem ser observados ao pesquisar esse produto.




Primeiro, o mais importante

  • O processo de contratação de um seguro de carro envolve basicamente três personagens: o segurado, a seguradora e o corretor.
  • O segurado é quem contrata o seguro, enquanto a seguradora é a empresa que cobra um valor (prêmio) para assumir os riscos referentes ao veículo. É ela que paga a indenização ao proprietário do carro em caso de sinistro (roubo, furto, incêndio, acidente etc).
  • Por sua vez, o corretor é o agente que faz a intermediação entre o segurado e a empresa seguradora. É com ele que você entra em contato para fazer cotações e contratar o seguro.
  • É importante que corretor faça cotações em várias seguradoras para encontrar o produto com o melhor custo-benefício para as suas necessidades.

Os melhores seguros de carro: Nossas recomendações

O ramo de automóvel está entre os maiores segmentos do mercado segurador do país. Dessa forma, há um grande número de empresas que vendem esse produto. Você pode começar a sua pesquisa olhando para o que as maiores seguradoras oferecem. Veja abaixo as três maiores seguradoras de veículos, de acordo com ranking elaborado pelo sindicato que reúne os corretores de seguros do Estado de São Paulo, o Sincor SP, com base nos dados de 2018. (1)

Maior seguradora no ramo automóvel

Maior empresa no seguimento de seguro de carros, a Porto Seguro teve participação de mercado de expressivos 28% em 2018, segundo o Sincor SP. Tem produtos com vários tipos de coberturas, desde as mais básicas até as mais completas, envolvendo um amplo pacote de assistência. Também oferece check-ups gratuitos e serviços como reparo de pneu e troca de lâmpadas nos Centros Automotivos Porto Seguro.

Grupo com ampla rede de vendas

Resultado de uma aliança entre o Banco do Brasil e a Maphre Seguros, o grupo BB Maphre foi responsável por 11,5% dos seguros de carros em 2018. Um dos destaques do grupo é a ampla rede de vendas, somando mais de 65 mil pontos, incluindo corretores e agências bancárias. Tem opção de abertura do sinistro pela internet—o segurado pode enviar cópia dos documentos e agendar a vistoria do automóvel online.

Referência em benefícios

Com pequena diferença em relação ao segundo colocado, a Bradesco Seguros tem 11,1% do mercado de seguro de carros. Além de uma grande quantidade de coberturas e serviços, oferece outros benefícios para atrair o cliente. Um deles é o aplicativo Assistência Dia & Noite, por meio do qual o segurado tem acesso a todos os serviços pelo celular. Outro é o desconto de até 30% em diversos estacionamentos.

Guia de Contratação: O que você precisa saber sobre o seguro de carro

Apesar de o seguro de carro ser um dos mais populares no Brasil, estudo da Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais (CNSEG) mostra que mais de 70% dos veículos no país ainda não possuem essa proteção.

O problema é que o seguro se soma a uma série de outras despesas que os proprietários de veículos já possuem, como a parcela de financiamento do carro, os gastos com combustível e manutenção e o Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA). E isso tudo pesa no orçamento.

Mas há opções menos caras de seguros e também há formas de baratear o produto mais tradicional.

Carro vermelho destruído após uma colisão

Grande maioria dos veículos que circulam no país não é segurada. (Fonte: Netto Figueiredo/ Pixabay)

O que define o preço do seguro de carro?

Quando você procura um corretor para fazer um seguro de carro, a primeira coisa que você terá de fazer é preencher um formulário com dados pessoais e do veículo que será segurado. Isso porque esses dados serão usados pela seguradora para definir o preço do seu seguro.

Uma série de fatores têm impacto no preço, como o modelo do carro, o perfil do motorista e a região em que o veículo é usado.

Por exemplo, quanto maior for o valor do seu carro, mais caro você pagará pelo seguro, pois maior será a indenização a ser paga pela seguradora em caso de roubo, incêndio ou colisão. Além disso, quanto mais jovem ou inexperiente o segurado, maior a probabilidade de se envolver em acidente de trânsito e mais caro o seguro.

Você sabia que mulheres geralmente pagam menos que homens? Isso porque estatisticamente elas se envolvem menos em colisões graves.

Ainda em relação ao perfil do motorista, casados tendem a ser mais cuidadosos que os solteiros e, por isso, também pagam um valor menor. Os solteiros costumam sair mais a noite e ir a festas, o que aumenta o risco de sinistros.

A cidade e o bairro onde o segurado reside também podem contar bastante no valor do seguro. Se um bairro tiver altas taxas de criminalidade por exemplo, a seguradora pode escolher aumentar o valor do seguro. O contrário pode acontecer em locais mais policiados.

Seguro de quem mora em grandes cidades é mais caro.

Quem mora em grandes centros urbanos tende a pagar mais do que quem reside em cidades menores. Além disso, quem mora longe do local de trabalho poderá terá um acréscimo no valor, pois terá que se locomover mais com o carro, correndo um risco maior de acidente ou roubo.

Qualquer carro pode ter um seguro?

Em tese, qualquer carro pode ser segurado. Entretanto, quem possui veículos antigos pode ter dificuldades para encontrar um produto e, quando encontra, esse pode ser muito caro, tornando-se financeiramente inviável.

Muitas seguradoras se recusam a segurar carros velhos.

Isso acontece porque a maioria das seguradoras prefere evitar o seguro de carros mais velhos, que tenham mais de dez anos de idade, já que entendem que esses envolvem riscos mais elevados.

Um dos motivos é que, em caso de conserto, é muito mais difícil achar peças originais para reparar carros antigos do que veículos novos. E essas peças costumam ser muito mais caras. Portanto, o custo para a seguradora é maior.

Além disso, esses carros tendem a ter mais problemas mecânicos, o que pode elevar a possibilidade de acidentes e uso de serviços como guincho, por exemplo. Alguns modelos também são muito visados pelos bandidos, porque podem ser usados em desmanches, para que suas peças sejam revendidas.

Mas ainda assim há alternativa. Está em vigor desde 2016 o chamado “seguro popular”, mais flexível, que visa atender principalmente carros com mais de cinco anos de rodagem. Uma diferença importante é que ele permite a utilização de peças “genéricas” e usadas, oriundas de desmanches autorizados, para o reparo dos veículos.

Outro ponto é que, com essa alternativa, a indenização integral paga pelas seguradoras costuma ficar apenas entre 80% e 90% da Tabela Fipe (leia mais abaixo), enquanto um seguro tradicional geralmente paga entre 100% e 110%. A franquia, parcela paga pelo consumidor para conserto do carro em caso de sinistro, costuma ser mais cara neste tipo de produto.

Tudo isso visa baratear e tornar viável o seguro para uma maior quantidade de carros, inclusive os mais velhos. Veja abaixo as principais diferenças entre o seguro tradicional e o popular.

Seguro tradicional Seguro popular
Cobertura mínima Roubo, furto e incêndio, mas normalmente também inclui colisão Colisão e incêndio, outras podem ser adicionadas
Peças usadas para reparo do veículo Apenas novas e originais Podem ser peças “genéricas” novas ou de reposição usadas (provenientes de desmanches legalizados)
Valor da indenização Geralmente de 100% a 110% da Tabela Fipe* Geralmente de 80% a 90% da Tabela Fipe

Se outra pessoa bater meu carro, serei indenizado?

Como o perfil do motorista geralmente tem impacto no preço do seguro, é provável que ao solicitar uma simulação de preço você tenha de indicar todos os que habitualmente dirigirão o seu carro. Isso significa que o seguro cobrirá problemas que ocorram durante o uso do veículo por qualquer das pessoas listadas na sua apólice de seguro.

É preciso avisar a seguradora se outras pessoas usam habitualmente o seu carro.

Por exemplo, se você tem apenas um carro em casa e o seu filho costuma usá-lo, mesmo que apenas uma vez por semana, você terá de listá-lo como condutor habitual. Isso poderá elevar o preço, mas também garantirá que você não tenha problemas para ser indenizado caso um sinistro ocorra quando ele estiver usando o carro.

Mas e se o sinistro ocorrer quando o carro estiver sendo usado por outra pessoa? Geralmente, o empréstimo do veículo para alguém em caráter claramente eventual, ou seja, que não tem periodicidade fixa, não resulta na negativa do pagamento do sinistro. Se o empréstimo foi para alguém que usa habitualmente o veículo e não foi relacionado na proposta de seguro, a seguradora pode se negar a pagar o sinistro.

Você sabia que embriaguez é uma das cláusulas de exclusão de indenização previstas nas condições gerais do seguro? Para recusar a indenização, a seguradora precisa provar que o condutor estava embriagado.

Instalar dispositivos de segurança pode baratear o seguro?

Há algumas formas de baratear o seguro do carro, e uma delas é instalar um dispositivo de segurança. O alarme de carro, por exemplo, é um dos dispositivos que podem reduzir os riscos de roubos e furtos e, assim, ajudar no preço do seguro.

A instalação de um rastreador também pode baratear o seguro, já que pode permitir que carros roubados sejam localizados antes de chegarem a desmanches ilegais. Então, como o risco da seguradora perder o veículo é menor, o preço do seguro cai. Muitas seguradoras oferecem a instalação desse sistema de forma gratuita.

Outra forma de baratear o seguro é deixar o seu carro em garagem ou estacionamento quando não estiver em uso. Quem deixa o carro a noite toda na rua ou não usa estacionamento quando está trabalhando pagará mais caro pelo seguro. O motivo é que um carro bem guardado tem menos chances de ser alvo de bandidos.

 Imagem de uma mão mexendo num painel de carro

Alarmes e rastreadores podem baratear o seguro do carro. (Fonte: Igor Shubin/ Pixabay)

Qual a diferença entre indenização parcial e integral?

Indenização é o valor que a seguradora paga ao proprietário do veículo quando acontece um sinistro, como acidente de carro, roubo, furto ou incêndio. A indenização pode ser integral ou parcial, dependendo do tipo de problema.

A indenização integral é paga quando o prejuízo resultante do sinistro atingir ou ultrapassar 75% (ou percentual inferior quando previsto na apólice) do valor contratado pelo segurado. Em caso de roubo ou furto do veículo sem que o mesmo seja recuperado, também há indenização integral.

No caso de indenização integral, o segurado deverá, ocorrendo sinistro, avisar imediatamente a seguradora, preencher o formulário de aviso de sinistro e apresentar a documentação necessária, definida no contrato.

É necessário aguardar autorização da seguradora para consertar o carro.

A indenização parcial é paga quando os danos materiais causados ao veículo não acarretam a indenização integral. Em caso de sinistro, o segurado deverá avisar imediatamente a seguradora, preencher o formulário de aviso de sinistro, levar o veículo a uma oficina e aguardar autorização prévia da seguradora para efetuar os consertos.

A oficina pode ser escolhida livremente pelo segurado, mas é possível que a seguradora ofereça algumas vantagens para utilização de sua rede credenciada.

Após acionar o seguro, quanto tempo demora para receber a indenização?

Segundo regra da Susep, as seguradoras têm prazo máximo de 30 dias para indenizar seus clientes em caso de sinistro, contados a partir da data de entrega da documentação.

Entre os documentos exigidos estão documentos do condutor do veículo no momento do sinistro, do próprio veículo e boletim de ocorrência, por exemplo.

É importante ficar atento caso a seguradora solicite documentação complementar. Nesses casos, a contagem do prazo é suspensa, com reinício a partir da entrega dos documentos que faltavam.

Critérios de Contratação: O que considerar ao contratar um seguro de carro

Depois de entender as características do seguro de carro, é necessário que você conheça os aspectos que devem ser analisados antes de fechar a contratação.

Fizemos uma lista com os principais critérios:

Confira abaixo cada critério em detalhes.

Coberturas oferecidas

As coberturas podem variar bastante dependendo do seguro escolhido. E terão impacto no preço. Há as coberturas básicas e as adicionais.

A proteção contra roubo, furto e incêndio é a mais básica do seguro de carros e tende a ser a mais barata. Existem seguros que só englobam essa cobertura mínima.

Imagem de bombeiros apagando incêndio em um carro

Proteção básica do seguro de carro inclui proteção contra roubo, furto e incêndio. (Fonte: Reinhard Thrainer/ Pixabay)

O mais comum, no entanto, é a cobertura compreensiva, que protege também contra colisões e danos causados pela natureza, como relativos a alagamento, enchente e inundação. Essa costuma ser preferida dos consumidores porque envolve os acidentes de trânsito, que são um risco grande para quem dirige.

Também é bastante comum, embora não obrigatória, a cobertura para danos a terceiros, chamada de cobertura de responsabilidade civil. Essa cobre os danos materiais, corporais ou morais causados a terceiros ou seus bens. Caso você seja obrigado a pagar uma indenização por conta de um acidente, por exemplo, a seguradora arcará com as despesas até o valor contratado.

Mas ainda há outras coberturas que podem ser adicionadas ao contrato, como a de acidentes pessoais por passageiro (APP). Essa protege os que estão no carro segurado, e não terceiros. Num acidente de trânsito, o motorista e os passageiros feridos, ou seus beneficiários, recebem indenização por despesas médicas e hospitalares, por morte ou invalidez permanente.

Vale lembrar que o seguro de carro é complementar ao DPVAT, que é um seguro obrigatório por lei para garantir indenização às vítimas de acidentes de trânsito, quando ocorre morte, invalidez ou quando há despesas médico-hospitalares em geral. O DPVAT é pago pelos donos de carro uma vez por ano, junto com o IPVA, e o valor das indenizações tem um teto estabelecido.

Serviços extras

Para atrair a atenção dos consumidores e se diferenciar da concorrência, as seguradoras também oferecem alguns serviços extras. Antes de fechar o seu contrato, analise se você precisa ou deseja esses “extras” porque eles irão, provavelmente, aumentar o preço do seu seguro.

Um desses extras é a assistência 24 horas, que pode incluir ajuda técnica ou guincho em caso de pane do veículo e serviço de troca de pneu e chaveiro, por exemplo. Há ainda a possibilidade de contratar um pacote que ofereça carro reserva, que pode ser usado quando o seguro é acionado e por um período limitado ou ilimitado de dias, conforme a opção contratada.

Imagem de uma pessoa trocando o pneu de um carro

Troca de pneu está entre os serviços incluídos por alguns seguros. (Fonte: Counselling / Pixabay)

Outra possibilidade é a cobertura de vidros, que garante a reposição ou reparo em caso de danos aos vidros do carro, faróis, lanternas e retrovisores. Além disso, há pacotes que têm cobertura contra danos a kit gás, aparelhos multimídia e equipamentos de adaptação para deficientes físicos, por exemplo.

Valor e tipo de franquia

A franquia é o valor pago pelo segurado e acordado na apólice em caso de sinistro do veículo. Ou seja, quando você bate o carro e precisa de reparo, é preciso acionar o seguro e pagar a franquia. Só então a seguradora vai arcar com o valor referente ao complemento dos danos.

Quem não aciona o seguro recebe desconto na renovação da apólice.

Se o custo do conserto do carro for inferior ao valor da franquia, não valerá a pena acionar o seguro do carro. Você mesmo deverá arcar com esse valor. Vale lembrar que os segurados que não acionam o seguro durante o ano normalmente recebem bônus, ou seja, desconto para renovar o seguro.

O valor da franquia é responsável por aumentar ou diminuir o preço do seguro. Assim, se você tem um histórico de bom motorista e acredita que tem poucos riscos de se envolver em acidentes, pode ser mais conveniente optar por um valor maior de franquia para baixar o valor do seguro.

No caso da franquia normal, você paga mais barato no seguro e gasta mais se precisar usá-lo. Quando a franquia é reduzida você paga menos para acionar a seguradora, mas o valor do seguro é maior. O ideal é comparar os preços de propostas com o mesmo tipo de franquia para saber qual é mais vantajosa.

Valor da indenização

Quando há um problema que resulte em indenização integral (normalmente roubo, furto ou colisão com perda total ou quase total do veículo), o mais comum é que os seguros paguem o valor que o carro tem no mercado naquele momento de acordo com a Tabela Fipe, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas.

É possível receber mais do que o valor do carro na Tabela Fipe.

Pode-se ainda negociar um “fator de ajuste”, percentual que será aplicado sobre o valor encontrado na tabela de referência. Assim, por exemplo, é possível fazer um seguro que pague 110% da Tabela Fipe ou até mais. Se o seu carro tem equipamentos opcionais, por exemplo, pode ser interessante a negociação desse fator de ajuste para refletir melhor o valor do seu bem.

Apesar de essa ser a forma mais comum de definição do valor da indenização, também existem seguros que pagam, em caso de sinistro, um valor estipulado antes em contrato. Dessa forma, é importante estar atento a esse critério e comparar preços de seguros com o mesmo valor de indenização.

(Fonte da imagem destacada: Mohamed Hassan / Pixabay)

Referências (1)

1. Ranking das seguradoras. Sindicato de Empresarios e Prefoesionais autonomos de corretagem e da Distribução de Seguro do Estado de São Paulo [Internet]. 2019 [cited 12 November 2019]
Fonte

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Artigo informativo
Ranking das seguradoras. Sindicato de Empresarios e Prefoesionais autonomos de corretagem e da Distribução de Seguro do Estado de São Paulo [Internet]. 2019 [cited 12 November 2019]
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