Imagem da porta de uma casa com uma chave na fechadura.
Ultima atualização: 16 de março de 2023

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A compra de um imóvel é um dos maiores investimentos que uma família pode fazer. Geralmente, requer muito planejamento e anos de poupança. Então, por que não proteger esse bem com um seguro residencial?

Apesar de o brasileiro estar bastante habituado com o seguro de automóvel, ainda não tem tradição de contratar seguro residencial. Entre os motivos estão a crença de que se trata de um produto caro e o pouco conhecimento sobre o que pode ser coberto em um contrato desse tipo.

Mas o fato é que o seguro residencial pode ser interessante para garantir indenização em caso de danos inesperados ao seu patrimônio. Neste artigo, vamos explicar como esse produto funciona para você avaliar se precisa contratar o seu.




Primeiro, o mais importante

  • O seguro residencial é um seguro destinado a imóveis residenciais individuais, como casas e apartamentos, sejam de uso habitual (moradia permanente) ou de temporada (como casas de veraneio).
  • Mediante a cobrança de um valor preestabelecido, a seguradora se obriga a indenizar o contratante pela ocorrência de determinados eventos ou por eventuais prejuízos previstos em contrato.
  • A apólice tem geralmente vigência de um ano, podendo ser renovada no fim desse período.

Os melhores seguros residenciais: Nossas recomendações

Para proteger o seu patrimônio, é importante que você conte com uma seguradora com experiência, solidez financeira e reconhecimento no mercado. Assim, pesquisar entre as maiores do setor pode ser um bom começo.

O sindicato que reúne os corretores de seguros do Estado de São Paulo, Sincor SP, divulga anualmente um estudo com o ranking das maiores seguradoras do país. (1) Separamos algumas das grandes empresas para servir de referência para você.

A maior empresa do mercado de seguros

Criada em 1946, é a maior seguradora do Brasil e da América Latina. A empresa é responsável por 23,6% de todo o mercado de seguros do país, considerando os mais diversos segmentos, como de automóvel, vida, saúde e residencial. Ela faz parte do mesmo grupo do banco Bradesco e assim oferece uma ampla rede de atendimento. Os clientes contam com centrais de atendimento telefônico, canais digitais, corretores e as agências bancárias.

O maior grupo segurador independente

Com mais de 120 anos, é a segunda maior seguradora do Brasil, com 12,7% do total do setor de seguros no país. É também o maior grupo segurador independente, não ligado a um banco. A empresa aposta no estabelecimento de alianças estratégicas com instituições financeiras para fortalecer os negócios e aumentar os canais de distribuição. Os seguros podem ser contratados por meio de corretores espalhados em todo o país e canais eletrônicos.

Referência em serviços

Fundada em 1945, é reconhecida como uma das maiores seguradoras nacionais por sua atuação nos segmentos de seguro automóvel e residência. A empresa é referência na prestação de serviços associados aos seguros contratados, tanto de veículos como de residência. Para quem procura um produto com um bom pacote de assistências e reparos residenciais, essa pode ser uma opção interessante.

Guia de Contratação: O que você precisa saber sobre os seguros residenciais

O seguro residencial ainda tem baixa penetração no mercado brasileiro, com menos de 15% das residências seguradas, segundo dados da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg). Mas esse percentual tem crescido.

O aumento da incidência de eventos climáticos como raios e vendavais, que atingem as residências e causam prejuízos, e a maior divulgação do produto pelas seguradoras garantem o crescimento, na avaliação do presidente da Comissão de Riscos Patrimoniais Massificados da FenSeg, Jarbas Medeiros.

A crise econômica recente, com impacto no número de roubos e furtos, também é considerada um fator de estímulo à compra de seguro residencial, apesar de nem todos os produtos cobrirem esse tipo de dano. Confira abaixo as principais características desse setor.

Imagem de uma família comendo à mesa em casa.

De acordo com a FenSeg, apenas 15% das residências brasileiras são seguradas. (Fonte: Skeeze/ Pixabay)

O que o seguro residencial cobre?

A cobertura básica envolve danos causados por incêndios, queda de raios e explosão provocada por gás empregado no uso doméstico (quando não gerado nos locais segurados), segundo a Susep.

Cobertura básica envolve incêndio, raio e explosão.

Também envolve as consequências desses eventos, como desmoronamento, despesas com combate ao fogo, salvamento e desentulho do local.

Essa é a cobertura mínima obrigatória e, portanto, a mais barata. Também é possível contratar coberturas adicionais de vários tipos, que vão depender do contrato negociado com a seguradora. Essas coberturas adicionais podem fazer bastante diferença no preço final do seguro.

Veja abaixo algumas das coberturas adicionais disponíveis no mercado:

Tipos de coberturas adicionais O que envolve
Danos elétricos Cobre danos a eletroeletrônicos e instalações elétricas em razão de curto circuito e variação de tensão
Danos de causas naturais Cobre danos causados, por exemplo, por vendaval, furacão, tornado, queda de granizo e desmoronamento
Subtração de bens Cobre subtração de bens com emprego de violência ou mediante arrombamento de um dos acessos da residência. O seguro não cobre desaparecimento, furtos simples ou extravio de objetos
Impacto de veículos e aeronaves Cobre danos causados à residência por impacto de veículos ou queda de qualquer tipo de aeronaves
Danos a terceiros A cobertura de Responsabilidade Civil Familiar contempla danos causados involuntariamente pelo segurado, familiares, empregados ou animais domésticos a terceiros (que não fazem parte do convívio do segurado)

Fonte: FenSeg

O que o seguro residencial não cobre?

Os danos não indenizáveis e os bens não compreendidos pelo seguro variam de acordo com a seguradora e com o produto escolhido. Tudo deve estar descrito na apólice.

Algumas indenizações não previstas nas apólices básicas podem estar contratados como coberturas adicionais. No entanto, alguns riscos costumam ficar de fora da lista de coberturas.

Um exemplo são os riscos associados a falhas na construção. Se falhas no projeto de construção ou material de má qualidade utilizado na obra causarem danos como infiltração, desgaste prematuro e umidade, a seguradora pode não cobrir os prejuízos.

Da mesma forma, riscos referentes a defeitos preexistentes normalmente ficam de fora da cobertura.

Cartilha FenSeg
"Se você tiver conhecimento de defeitos no seu imóvel que já existiam antes da contratação do seguro e não informar à seguradora, a empresa poderá negar indenização para danos causados por eles."

Danos que acontecem durante longos períodos de desocupação do imóvel quando não há aviso prévio à seguradora também podem ficar sem cobertura. Portanto, é importante avisar a seguradora se você for ficar fora de casa por mais de 30 dias.

No momento da contratação do seguro, é importante estar atento a todas as especificações na apólice.

Para quem é indicado o seguro residencial?

Todas as pessoas que possuem uma residência e desejam mantê-la protegida podem contratar o seguro residencial. Para isso, você pode entrar em contato diretamente com a seguradora ou procurar um corretor de seguro para auxiliá-lo nesse processo.

Quem mora em apartamento, saiba que o condomínio já é obrigado a ter um seguro para as estruturas do prédio e áreas comuns. Nesse caso, você pode buscar um produto para segurar a sua unidade. Mas antes da contratação verifique o que já está incluído na apólice do seu condomínio.

Os contratos de aluguel também já preveem um seguro, geralmente de cobertura básica. Se você mora de aluguel, pode também contratar um seguro complementar para os seus bens.

 Imagem de uma família feliz em frente sua casa.

O seguro residencial é a melhor opção para qualquer pessoa que possua um imóvel. (Fonte: Dmitrii Shironosov / 123rf)

Como é calculado o custo do seguro residencial?

Ao contrário do que muitos pensam, o custo do seguro residencial não se baseia no valor comercial ou de revenda do imóvel. Isso porque mesmo que sua residência seja totalmente destruída, você ainda terá o terreno para reconstruir sua casa. Dessa forma, o valor do terreno não entra nessa conta.

O cálculo, portanto, refere-se à soma do custo de reconstrução do imóvel e do valor de reposição dos bens. O custo de reconstrução pode ser obtido pela multiplicação da área construída (m²) pelo custo unitário do m² de construção da região do imóvel. O corretor de seguros pode ajudar a apurar esse valor.

Para determinar o valor de reposição dos bens, é preciso um levantamento do custo dos objetos, como móveis, eletrodomésticos e eletroeletrônicos, que serão cobertos.

Esse levantamento é geralmente simples, feito pelo próprio interessado em contratar o seguro, mas em alguns casos pode ser estimado após perícia da seguradora.

É importante avisar à seguradora sempre que adquirir um bem de alto custo, que possa influenciar significativamente no valor segurado, a fim de providenciar modificação da apólice.

Critérios de Contratação: O que considerar ao contratar um seguro residencial

Por causa do grande número de seguradoras e de produtos diferentes, é necessário analisar e comparar criteriosamente as opções disponíveis antes de fazer a contratação. Fizemos uma lista com os principais critérios a serem observados:

  • Cobertura
  • Pacote de serviços
  • Preço
  • Franquia

Confira abaixo cada critério em detalhes.

Coberturas

O seguro residencial pode ser bastante personalizado. Então, um importante fator a considerar é que tipo de cobertura adicional você precisa ou gostaria de ter na sua apólice. Para isso, avalie os riscos a que sua propriedade está exposta.

Por exemplo, se você mora em um local com alta incidência de roubos à residência, pode ser uma boa opção adicionar a cobertura de subtração de bens (explicada anteriormente) à cobertura básica obrigatória.

Se você mora em uma região onde tem muita mudança climática e muito vento, a probabilidade do seu telhado ser danificado por ventos fortes é grande. Por isso, você pode adicionar uma cobertura a danos de causas naturais. Confira mais sobre eventos climáticos nesse vídeo:

Além disso, se você tem empregados domésticos, por exemplo, pode ser interessante considerar a contratação de uma cobertura de Responsabilidade Civil Familiar, contra danos causados involuntariamente a terceiros.

Mesmo incluindo coberturas adicionais, o seguro pode não indenizar integralmente os danos sofridos. Os valores segurados e a serem indenizados são sempre previstos no contrato.

Pacote de serviços

Para tornar o seguro residencial mais atrativo ao consumidor e, assim, elevar as vendas do produto, as seguradoras passaram oferecer serviços associados à apólice.

Entre os serviços mais comuns estão os de chaveiro, eletricista e encanador.

Os serviços são muito variados e geralmente acionáveis em casos de emergência. Entre os mais comuns estão os de chaveiro, reparos elétricos e reparos hidráulicos. Mas também há seguradoras que oferecem limpeza de caixa d'água, assistência técnica a computadores, assistência a bicicletas, serviços para animais domésticos e até serviços de babá e de assistência a idosos.

Geralmente, há um limite para utilização desses benefícios. Um pacote mais básico, que pode até ser oferecido sem custo adicional pela seguradora, terá menos serviços incluídos e uma maior limitação para o uso deles.

Já um pacote mais sofisticado pode incluir uma gama grande de assistências e reparos residenciais e você poderá utilizar mais vezes durante o ano. Esse, portanto, será mais caro que o anterior.

É importante avaliar bem esse pacote antes de contratar o seu seguro, para que você conte com as assistências necessárias, mas não pague por serviços que nunca irá usar.

Preço

Outro elemento determinante na contratação do seguro residencial é, sem dúvida, o preço. Apesar de muitos temerem o custo do seguro residencial, este costuma ser relativamente mais barato que o seguro de automóvel, por exemplo.

Enquanto um seguro para automóveis fica em média ao redor de 5% do valor do veículo, o seguro residencial geralmente não chega nem a 0,5% do valor segurado, segundo especialistas.

Além das coberturas, dos serviços e do valor segurado no geral, outros itens que influenciam no preço do seguro são a localização, o tipo de imóvel e como ele é utilizado.

As seguradoras podem cobrar mais por seguros de imóveis localizados em regiões de maior risco, por exemplo. Além disso, o seguro de uma casa costuma ser mais caro que o de um apartamento, pois os prédios já têm seguro para a sua estrutura.

Um imóvel de veraneio também pode ter um preço mais alto que uma casa habitual, já que a probabilidade de sinistros em uma residência desocupada por um longo tempo pode ser maior. Por outro lado, instalar sistemas e equipamentos de segurança na sua casa pode contribuir para baratear o seguro.

Você sabia que localização, tipo do imóvel e como ele é utilizado têm influência no preço do seguro?

Franquia

Assim como ocorre com o seguro de automóvel, a franquia é um valor que representa a parte do prejuízo que deverá ser absorvida pelo segurado em casos de sinistro.

 Imagem em close de uma mão de homem passando chave para outro homem em uma mesa de escritório.

Sempre confira a franquia antes de fechar negócio. (Fonte: ldprod / 123rf)

Se o valor do dano sofrido for menor ou igual ao valor da franquia, a seguradora não indenizará o segurado.

A existência da franquia tende a reduzir o valor a ser pago pelo seguro. No entanto, você terá de fazer um desembolso extra quando solicitar a indenização.

Dessa forma, ao procurar um seguro residencial, pesquise se as opções que você selecionou têm ou não franquia, e qual é o valor envolvido.

Resumo

O seguro residencial é uma forma de garantir indenização em caso de danos inesperados a sua casa. Por ser um produto muito flexível, é possível contratar desde uma cobertura bastante básica até um conjunto de proteções bem abrangente.

Mas antes de escolher o seu, é preciso uma boa pesquisa. Além de comparar coberturas, serviços e preços, não esqueça de confirmar se a seguradora está regularmente cadastrada na Susep. E leia com atenção as condições gerais do produto, principalmente as exclusões de cobertura, antes de fechar o contrato.

Glossário

  • Apólice: Contrato do seguro. Contém todas as informações importantes, como coberturas contratadas, preço e duração do seguro.
  • Indenização: Pagamento que a empresa seguradora faz ao segurado no caso de ocorrer um sinistro com prejuízos cobertos pela apólice.
  • Prêmio: Preço a ser pago pelo contratante à seguradora para que esta assuma os riscos descritos na apólice.
  • Sinistro: Ocorrência de um dos riscos cobertos na apólice, que dará origem à indenização. Deve ser comunicado imediatamente à seguradora.

(Fonte da imagem destacada: PhotoMIX-Company / Pixabay)

Referências (1)

1. Ranking das seguradoras 2018, Sincor SP.
Fonte

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Ranking das seguradoras 2018, Sincor SP.
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